Segundo o Ministério da Saúde, anualmente, cerca de 30% das doenças que mais matam no Brasil (por volta de 400mil pessoas) são decorrente de doenças cardiovasculares como Infarto Agudo do Miocardio e Acidente Vascular Cerebral. Porém, quando não matam, podem levar a sequelas que dificultam ou impedem o individuo a produzir no seu trabalho, ter maior independência nos seus afazeres etc elevando os gastos públicos e particulares para tratamento e até na previdência, por acometimentos que podem ser evitados ou controlados.
Mesmo com todos estes dados, um estudo da SOCESP (Sociedade de Cardiologia de São Paulo) aponta que cerca de 23% dos brasileiros nunca foram ao cardiologista.
O surgimento e a piora destas doenças são, em grande parte, evitados com a detecção precoce, prevenção e controle dos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes tipo 2 e Obesidade.
Sobre a Hipertensão Arterial Sistêmica podemos dizer que se trata de uma doença progressiva e crônica com padrão inicial normalmente silencioso, caracterizada por níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
Seu diagnostico pode não ser tão preciso, pois necessita de alguns critérios como:
Pressão Arterial Sistólica (PAs) maior ou igual a 140mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica (PAd) maior ou igual a 90mmHg em 2 ocasiões diferentes, sem medicação anti-hipertensiva, podendo até ter a necessidade de confirmação com outros exames complementares como MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), por exemplo.
Deve-se observar ainda a presença de eventos estressantes no ambiente hospitalar ou de consultório medico podendo estar relacionados à Hipertensão do Jaleco Branco, assim como orientar o paciente a chegar 30 minutos antes da consulta para não haver interferências na medição com o paciente chegando com pressa.
Com o diagnóstico corretamente fechado, a conduta deve ser traçada de acordo com o perfil do paciente e seu risco cardiovascular, implementando mudanças de hábitos de vida como na Medicina do Estilo de Vida, através da atividade física regular, alimentação saudável, manejo do estresse, higiene do sono, relacionamentos saudáveis, interrupção do tabagismo, associadas ou não com medicações anti-hipertensivas.
Portanto, para o diagnostico mais preciso, assim como para o melhor e o mais individualizado tratamento, o ideal é conversar com o seu cardiologista e seguir uma vida de equilíbrio e que lhe faça sentido.