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OSGOOD-SCHLATTER
DOR NO JOELHO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O que é?
A doença de OSGOOD-SCHLATTER, ou apofisite da tuberosidade da tíbia, é um problema bastante comum no joelho de crianças e adolescentes. O nome desta patologia se dá pelo nome de seus autores, que descreveram a doença em 1903 sendo uma das principais causas de dor durante a infância e adolescência.

É mais comum em meninos e muito mais frequente em praticantes de atividades físicas. As meninas são afetadas geralmente entre 10 a 11 anos, já os meninos são afetados geralmente entre 13 e 14 anos, isto está relacionado com o fato de que esta fase coincide com o início ou final mais tardio do estirão do crescimento no sexo masculino.

Quais são os sintomas?
A queixa mais comum é dor no joelho ou na região inferior, geralmente exacerbada com exercício físico ou trauma e aliviada com repouso.

Estima-se que somente 50% dos pacientes demonstram aumento de volume ou inchaço na região. Outro sinal comum é a sensibilidade local ao toque, bem como a presença de um aumento ósseo palpável na tuberosidade tibial (local onde o tendão patelar se insere na tíbia).

Os pacientes podem apresentar dor, sensibilidade e inchaço por várias semanas a meses, com agravamento ao longo do tempo, se não houver o devido acompanhamento e tratamento adequados.

Quando procurar um médico?
Quando a dor se torna recorrente ou progressiva com o passar do tempo, é necessária a avaliação com um especialista.

Na maioria dos casos o diagnóstico é feito na consulta com exame clínico, mas em alguns casos necessitamos de exame de radiografia.

Como funciona o tratamento?
Trata-se de uma condição benigna e autolimitada, com resolução dos sintomas quando a placa de crescimento é ossificada (fim do crescimento).

Medidas para controlar a dor e a inflamação podem ajudar: aplicar gelo, administração de analgésicos e anti-inflamatórios.

Fisioterapia pode ser indicada com um programa de reabilitação que inclui alongamentos dos músculos anteriores da coxa e fortalecimento dos isquiotibiais, quadríceps, além de exercícios específicos.

É necessário que o paciente modifique as atividades, se vai manter o padrão de levar ao desencadeamento dos sintomas. Consequentemente, a realização de novas atividades de impacto pode ser suspensa até o alívio completo da dor.

A cirurgia raramente é necessária, sendo indicada para um número muito pequeno de pacientes que permanecem sintomáticos, mesmo após o fim do crescimento ósseo.

Resumindo o tratamento:

  • Controle da dor
  • Continuação das atividades
  • Fisioterapia
  • Tratamento cirúrgico - raramente é necessário

Dr. Thiago Leal
Ortopedista / Traumatologista
CRM 5229784-8
TEOT 18183

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